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38. CAPÍTULO TRINTA E OITO

CAPÍTULO TRINTA E OITO
ato dois: a ordem da fênix

ERIKA E HERMIONE não perceberam o momento exato em que adormeceram naquela noite, não tinham noção de suas posições até ouvirem um pigarro que as fez abrir os olhos lentamente, acordando de, talvez, um sono não muito confortável, mas agradável para ambas.

Assim que Erika abriu os olhos se deparou com a imagem de Hermione levantando a cabeça sonolenta, os olhos se acostumando com a luz e esticando o corpo levemente imóvel com o dedo indicador entrelaçado ao dela. Seu coração deu quase dez minissaltos em um segundo, agora que ela estava ciente de seus sentimentos, suas emoções estavam transbordando. Ela sentiu como suas mãos começaram a suar por causa do nervosismo e rapidamente afastou a mão para evitar se envergonhar com algo tão bobo como o suor de suas mãos, mas aquele movimento fez Hermione acordar completamente e também perceber a situação em que ambas estavam.

Elas se encararam por alguns segundos em silêncio, Hermione não conseguia acreditar que tinha adormecido do lado de fora da sala comunal e Erika não conseguia acreditar que percebeu que gostava de Hermione quando ela estava coberta de sangue e prestes a morrer horas antes.

— Caso não percebam, vocês não estão sozinhas, senhoritas. — uma voz envelhecida as tirou de seus pensamentos.

A dona daquela voz era Minerva McGonagall, chefe da casa da Grifinória, e quem Hermione menos queria ver naquele momento. A monitora da casa dos leões olhou para a mulher completamente sem expressão, e um pouco assustada ela endireitou as costas e se levantou para começar a se explicar, ela tinha certeza que a mulher estava ali porque ela não havia retornado para sua sala comunal durante a noite.

— Professora McGonagall, eu...

— Fico feliz em saber que você está bem depois de não terminar sua patrulha e muito menos chegar à sua sala comunal, Srta. Granger. — as palavras da mulher fizeram Hermione encolher-se um pouco e engolir nervosamente. — Não estou brava com você e não perderá pontos, mas recomendo que comece a caminhar para a sala comunal antes que mude de ideia.

Hermione assentiu imediatamente e virou a cabeça para se despedir de Erika. Quando as duas se olharam, suas respirações pararam sem que percebessem.

— Eu tenho que...

— Sim! Claro...Vá... — Erika respondeu um pouco tensa e desajeitada enquanto com as mãos fazia alguns movimentos estranhos como se encorajasse Hermione a ir.

— Eu... Então... — Hermione gaguejou, movendo as mãos em direção às portas da enfermaria e depois apontando entre ela e Erika também desajeitadamente devido ao desconforto que de repente surgiu ali.

— Ah, sim... Está tudo bem...

Depois de assentir silenciosamente, enquanto franzia os lábios tentando lidar com o desconforto, a Grifinória saiu do local com passos rápidos, ignorando que sua retirada estava sendo observada pela Lufa-Lufa que a seguiu com o olhar até ela passar pela soleira da porta, ficando completamente perdido. Hermione saiu completamente emocionada, sem perceber como uma pequena visita terminou em algo... Assim entre elas.

McGonagall manteve o olhar sério em Erika o tempo todo, a Lufa-Lufa não pôde deixar de ficar um pouco assustada quando olhou para frente novamente e se deparou com o rosto inexpressivo da mulher.

— B-bom dia. — Erika a cumprimentou com a voz tensa devido à situação anterior.

— E que bom dia para você, Srta. Frukke. — McGonagall disse se aproximando da mesinha ao pé da maca. — Você está se sentindo bem?

— Em excelente estado, professora. — Erika respondeu imediatamente, ignorando o rubor em suas bochechas.

— Eu pude ver. — por um momento o olhar da mulher foi direcionado para a cadeira onde Hermione estava dormindo. — Madame Pomfrey me disse que você dormiu bem, quero confiar que ela disse a verdade.

Totalmente.

A mulher olhou para ela por alguns segundos, seu rosto parecia enérgico, a cor de sua pele havia voltado à cor natural e seus olhos tinham aquele brilho que os caracterizava.

— Você sofreu algum tipo de dor?

— Nenhum, estou melhor do que nunca. — a garota de olhos azuis insistiu.

— Bom. Nesse caso, acho que você pode ir. — McGonagall olhou para Pomfrey que estava um pouco mais distante, a mulher observou a aluna com uma cara complexa e então acenou com a cabeça olhando para a professora de transformação. — Sim, você pode sair. Vá comer alguma coisa e faça as malas, se Umbridge te perguntar alguma coisa... Você saberá com o que levar.

Erika sorriu grande e animadamente pulou da cama para calçar os sapatos, pegou a bolsa em que Hermione havia trazido apressadamente alguns deveres de casa e correu em direção à saída, mas antes de chegar à soleira ela parou. Erika recuou um pouco e então se virou e caminhou em direção a McGonagall que a olhava com curiosidade.

— Obrigada. — Erika disse a ela e então saiu correndo para sua sala comunal sob o olhar um tanto divertido da mulher.

Erika correu como nunca em direção à sala comunal, com agilidade evitou as pessoas que passavam pelos corredores com destinos desconhecidos, alheia aos olhares estranhos que recebia. Afinal, ela estava correndo pelos corredores de Hogwarts ainda de pijama.

Erika desceu as escadas quase pulando e quando chegou em sua sala comunal tirou um tempo para descansar, olhou para o lado onde estava pendurado um pequeno espelho e conseguiu se ver melhor depois do que aconteceu duas noites atrás, seu pijama de inverno era um um pouco ridículo se ela analisasse com cuidado, ela usava calças xadrez azuis largas e grossas, enquanto sua camiseta era de mangas compridas e tinha um puffskein no meio. Aqueles pijamas eram totalmente ridículos a ponto de ela só usá-los para dormir na casa ou quando seu pijama favorito estava sujo, e Susan os levou como uma mudança para a enfermaria onde qualquer um poderia vê-la.

Ela ia matá-la.

Bem, não literalmente, de uma forma fofa. Era impossível ficar brava com Susan Bones quando ela era a pessoa mais maravilhosa que já existiu na Terra.

Ela subiu para seu quarto e abriu a porta normalmente. Assim que entrou, encontrou os olhares estranhos de suas amigas, olhares que se transformaram em surpresa ao vê-la ali parada com aquele pijama ridículo que usava. Hannah e Susan estavam arrumando algumas coisas antes de partirem para as férias de Natal, então o quarto parecia mais arrumado do que o normal.

— O que você está fazendo aqui? Não me diga que você fugiu. — Susan falou, começando a ficar alarmada.

— O que estou fazendo aqui? Também é meu quarto. — Erika respondeu caminhando até sua cama. — Além disso, eu não fugi, por que você acha isso?

— Com esse olhar, qualquer um pensaria que você escapou. — Hannah comentou zombeteiramente, apontando para o pijama que sua amiga estava usando.

Erika franziu a testa acusadoramente para a loira e depois olhou para Susan que imediatamente entendeu o que sua amiga quis dizer quando olhou para ela da mesma forma que olhou para Hannah.

— Não estava nos meus planos você fugir e correr pelos corredores com essa camisa. — Susan pediu desculpas, erguendo os ombros. — Mas falando sério, você não escapou? Não quero que Pomfrey nos pergunte sobre você depois.

— Eu não fugi, por que fugiria? — Erika perguntou, sentando em sua cama. — Por mais que eu quisesse sair da enfermaria, não conseguiria desobedecer.

Susan e Hannah se entreolharam pelo canto dos olhos, a loira tentando esconder uma careta zombeteira mas, como sempre, foi difícil para ela.

— Claro. Ei, como você dormiu? — Hannah perguntou, tentando manter o tom de zombaria o máximo possível.

— Bom, foi uma das poucas noites em que dormi direito. — a garota de olhos azuis sorriu, lembrando-se da voz de Hermione enquanto falava com ela.

— Sim, posso dizer que você dormiu muito bem...

O tom de voz de Hannah chamou um pouco a atenção de Erika, que por hábito olhou para Susan em busca de alguma explicação ou se também estranhava a atitude da loira, mas foi recebida com um sorriso contido como se tivesse aderido ao gentil da provocação que Hannah estava tentando fazer com ela.

Amanhã iremos vê-la mais cedo. A voz de Ernie ecoou em sua cabeça.

Ela checou o relógio e percebeu que já eram 8h30, seus amigos estavam acordando às 6h30 o que significava...

— Merlin... Não me diga que vocês...

Erika e Hermione debaixo de uma árvore, se beijando e de mãos dadas! — Hannah cantarolou, pulando pela sala.

A garota de olhos azuis começou a sentir o calor subindo do pescoço até a ponta das orelhas. Seus amigos a tinham visto com Hermione na enfermaria e agora lembrar da situação ficaria mais constrangedor do que já era.

Susan sorriu divertida ao ver sua amiga pulando pela sala e o rosto de Erika vermelho como um tomate. Ela se aproximou da cama de Frukke, encostando-se em um dos pilares para olhar para ela com um sorriso suave.

— O que aconteceu? Quer dizer, chegamos e Hermione estava dormindo do lado de fora da sala comunal e vocês estavam de mãos dadas, embora o primeiro fosse impressionante, sem falar no segundo.

— Não estávamos de mãos dadas. — Erika imediatamente respondeu cheia de vergonha.

— Bem, vocês estavam segurando os dedos uma da outra. — Susan revirou os olhos suavemente, Hannah ainda cantando ao fundo.

—  Não é nada... Hermione veio me ver à noite para me dar o dever de casa, conversamos um pouco e... Eu adormeci. — Erika explicou, evitando propositalmente o olhar das amigas.

— Só isso? — Hannah parou de cantar para olhar para a amiga com uma sobrancelha levantada. — Você não pode me dizer que foi exatamente isso que aconteceu.

Erika estava um pouco hesitante em mencionar a elas que havia notado seus sentimentos pela Grifinória, tinha vergonha de falar sobre seus sentimentos e falar sobre romance era pior. Claro, não houve problema quando Hannah falou sobre Neville, mas quando se tratou dela foi terrível.

Por isso em nenhum momento pediu conselhos sobre Adrienne até que fosse dolorosamente necessário devido à sua falta de socialização e à falta de recepção de dicas.

— É só que... O que você achou que iria acontecer? — Erika murmurou com um sorriso torto, totalmente forçada. — Não é como se eu tivesse percebido que gosto dela ou algo assim.

Ela imediatamente fechou os olhos com força ao perceber suas palavras, lentamente virou a cabeça procurando os sorrisos zombeteiros de ambas, mas se surpreendeu ao perceber que ao invés de sorrisos zombeteiros havia sorrisos suaves olhando para ela com leve emoção.

— Isso aconteceu? — Susan perguntou com um tom gentil, Erika assentiu, mordendo a ponta da língua. — Gosta?

— Sim, eu gosto de Hermione. — Erika admitiu depois de alguns segundos, e estranhamente foi bastante gratificante dizer isso.

As duas amigas gritaram de excitação e correram para se sentar na cama de Erika, fazendo-a recuar de medo e bater com as costas no encosto da cama. Os olhares diziam tudo, queriam saber como tinha acontecido.

— Você contou a ela? — Hannah perguntou emocionada.

— O que?! Não, claro que não! — Erika exclamou. — Vocês não deveriam primeiro me perguntar como eu descobri ou algo assim?

— Não é necessário, nós sabíamos disso antes de você. — Susan disse a ela.

— Ah...?

— Você está olhando para ela desde o terceiro ano, no começo achamos que você apenas a achava fofa como qualquer outra, mas entre esse ano e o ano passado... — Hannah ergueu as sobrancelhas, terminando a frase entre os dentes.

— Embora Justin tenha dado como certo primeiro, depois de quase gritar na sua cara. — Susan comentou com um sorriso.

Erika por um momento se sentiu estúpida, não, estúpida. Como era possível que todos notassem, exceto ela? Foi muito óbvio? E se Hermione percebesse que gostava dela?

— Sou óbvio? — ela perguntou alarmada.

— Não muito.

— Sim.

Hannah e Susan falaram ao mesmo tempo, confundindo ainda mais a garota de olhos azuis. Hannah suspirou e decidiu ir direto ao que a interessava.

— Isso será rápido. — Hannah garantiu. — O que você gosta em Hermione?

Erika suspirou e seu rosto fez uma careta pensativa, sua cabeça começou a repassar tantos momentos com Hermione ou de Hermione ao longe que de repente sua cabeça foi invadida pela Grifinória de cabelos ondulados que tinha um sorriso lindo e a voz mais calorosa que ela já ouviu. Não foi difícil pensar nela quando ela estava na cabeça dela na noite anterior.

Hermione, Hermione, Hermione.

Ela repetiu seu nome três vezes, como se dizê-lo em sua mente fosse de repente convocar a Grifinória para dentro de seu quarto, procurando por ela, o que era impossível já que, primeiro, não era sua sala comunal e, segundo, Hermione não iria aparecer por acaso.

E isso talvez tenha sido uma coisa boa.

— Não sei, é difícil se você me pedir assim do nada. — Erika murmurou. — Acho que é a inteligência dela, embora essa inteligência venha com sua atitude de sabe-tudo onde ela se acha melhor que todo mundo, o que é válido porque, para ser sincera, ela é. Aquele sorrisinho de satisfação quando concordam com ela depois de dizer algo que ninguém mais sabe que é... Fofo? Eu não saberia explicar. — enquanto ela falava, seu corpo parou de ficar tenso e ela começou a se sentir mais confortável. Ela começou a pensar por alguns segundos, totalmente alheia aos olhares das amigas. — Ah, você já percebeu aquela pequena expressão de emoção que ela faz toda vez que lhe é dada a palavra na aula? Antes de Draco colocar um feitiço de dentes nela, seus dentes da frente se destacaram um pouco quando ela fez aquela careta, era adorável. Ainda é depois que os consertaram. — ela garantiu imediatamente. — Quando ela fala sobre coisas que lhe interessam ela começa a mexer as mãos e, se você estiver perto, ela aperta seu braço ou sua mão toda vez que lembra de algo importante, suas expressões são amplas e ela se esquece de respirar. E...

Suas palavras ficaram no ar quando ela finalmente ousou olhar para suas amigas, elas a olhavam com sorrisos que praticamente diziam que já sabiam, claro, Erika nunca tirava os olhos de Hermione Granger.

— Você vê? Óbvio. — Hannah sussurrou para Susan. — Você conseguiu perceber tudo isso desde... Não sei, segundo ano? — Hannah perguntou com um sorriso.

— Sim, lembro que ela começou a olhar para ela disfarçadamente já que disse que iriam descobrir o que ou quem estava petrificando os alunos após visitar Justin. — Susan sorriu. — É bom saber que você finalmente percebeu isso.

— Sim, o amor é muito fofo! — Hannah assegurou emocionada.

Incapaz de suportar a vergonha, ela começou a colocar as coisas na mala sem olhar para elas. Ela não queria continuar falando sobre isso porque já havia se envergonhado o suficiente e sabia que agora as duas não iriam ficar caladas sobre o assunto, especialmente Hannah, que certamente faria alguma coisa quando as visse juntas ou faria mímicas românticas desajeitadas.

— Sim... — Erika murmurou enquanto jogava as roupas de uma maneira bagunçada com o rosto queimando.

— Devíamos pedir a Hermione para te ensinar como arrumar uma mala organizada. — Hannah disse a ela, observando enquanto ela jogava as roupas completamente amassadas e estragadas.

A garota de olhos azuis revirou os olhos e então fechou a mala, pegou roupas e se trocou para ficar mais confortável durante a longa viagem que a aguardava de volta a Londres. Quando ela guardou a câmera, ela se lembrou de algo imediatamente.

— Justin está no quarto dele? Preciso falar com ele sobre algo urgente.

__________

A viagem para Londres foi tranquila e sem intercorrências, bem, na maior parte.

Erika não pôde viajar em paz depois que, graças a Hannah, Justin e Ernie souberam de sua descoberta não tão detectável.

Essa palavra existe?

Ela não sabe, mas tudo bem.

Justin estava dizendo a ela 'eu te avisei' o tempo todo enquanto Ernie morria de rir porque, segundo ele, era bastante óbvio desde o quarto ano que, em suas palavras, ela estava aos pés de Granger.

Pior foi quando Erika esbarrou em Hermione no corredor do trem indo fazer compras no carrinho de doces. Assim que se viram, a Lufa-Lufa ficou completamente tensa e a cumprimentou sem jeito enquanto sentia seu rosto começar a esquentar. Após sua saudação desajeitada, ela se virou e caminhou tenso em direção à cabana, sem doces e sem nenhuma dignidade, provocando risadas de Ernie e Justin.

Quando finalmente chegaram em Kings Cross se despediram, Erika tentou evitar um pouco Hermione e conseguiu, o lugar estava lotado como sempre o que facilitou sua tarefa. Ela teve dificuldade em encontrar Danielle que, entre todas as pessoas, estava esperando por ela encostada em uma coluna enquanto fumava um cigarro. Assim que viu a irmã apagou o cigarro e se aproximou dela para ajudá-la com as malas. Elas caminharam em direção à periferia onde Penny as esperava, que assim que viu Erika a recebeu com um abraço apertado, demonstrando sua preocupação com o ocorrido de dias atrás.

— Temos que ir. — Danielle falou baixinho, colocando a mão no ombro de Erika quando elas ficaram muito tempo paradas no mesmo lugar.

— Eu sei. — Penny respondeu de uma forma um tanto fria, sentindo falta da menor.

O que estava acontecendo?

Elas começaram a andar e Erika olhou para a irmã, ela parecia exausta, era comum vê-la assim quando moravam com o pai, mas agora, que ela estava vivendo a vida dela e passando mais tempo com a namorada, ela não era vista dessa forma.

— Ei, como está...? — Erika perguntou deixando o final da frase no ar mas se referindo a Arthur.

— Vivo, espero, mas ele está. — a mais velha respondeu com um suspiro triste. — Neste momento ele está no hospital e sua família foi visitá-lo.

Erika assentiu silenciosamente, ela não sabia por que tudo estava tão estranho. Ela sabia que a situação entre Danielle e Penny era estranha quando, após caminhar vários metros, elas não deram as mãos em nenhum momento.

Depois de chegarem ao final de uma rua chegaram a um beco escuro e vazio onde ambas caminharam como se fosse a coisa mais normal do mundo. Penny caminhou até o fim atrás de uma grande lata de lixo onde se abaixou para pegar uma bota semelhante aquele que eles usaram na Copa Mundial de Quadribol.

— Primeiro, eca. — a careta de desgosto em seu rosto era perceptível. — Segundo, uma chave de portal?

— Sim, chegamos diretamente sem levantar suspeitas. — Danielle respondeu séria.

As três pegaram o objeto e imediatamente sentiram como tudo começou a se agitar rapidamente, após alguns longos segundos elas apareceram dentro da casa de Sirius Black, mais especificamente na cozinha. Erika cambaleou um pouco ao cair no chão e teve que piscar rapidamente algumas vezes para fazer a náusea passar.

Erika subiu até seu quarto para arrumar e atrás dela sentiu os passos das duas mulheres, elas ignoraram as reclamações abafadas da pintura da mãe de Sirius que falava sobre sangues impuros e traidores de sangue pisando em sua casa honrada e limpa.

— Como foi para você? Sinto que não tenho uma conversa mundana com você há um ano ou mais. — Danielle disse um tanto divertida assim que chegaram ao quarto.

— Tirando o sangue, ótimo. Embora com a presença de Umbridge eu não possa dizer que é excelente. — Erika reclamou enquanto sua mão esquerda sofria uma pequena contração ao mencionar o nome daquela mulher. — Essa mulher realmente odeia crianças?

— São boatos, não tive o prazer de conhecê-la, mas Danielle sim.

— Acredite, não é um prazer conhecer essa mulher, querida. — a morena revirou os olhos encostada na parede, Penny apenas olhou para ela esperando que ela continuasse falando. — Tonks uma vez a fez dar uma volta em círculo pelo ministério quando ela se transformou na guarda na entrada, tínhamos acabado de entrar e nós não a conhecíamos muito bem, só sabíamos que ela nos olhava feio e falava coisas horríveis sobre nós e nossas famílias para pessoas do ministério.

Erika franziu a testa, parecia que era um hábito comum Dolores falar sobre a família dos outros quando não gostava de alguém.

Danielle enfiou a mão no bolso da jaqueta para tirar um maço de cigarros e imediatamente a voz de Penny foi ouvida.

— Você consegue parar de fumar? — Penny repreendeu. — Não sei por que você começou com isso de novo, não é saudável.

— Desculpe... — Danielle murmurou sem olhar para ela.

Erika analisou silenciosamente sua irmã, ela estava agindo de forma estranha e ela não conseguia entender o porquê. Ela havia sido repreendida por contar a ela sobre a legilimência de seu pai? Não era possível, provavelmente era uma questão de procurar os Frukkes e descobrir, e se fosse esse o caso, Penny seria a mesma de sempre, em vez de ter uma expressão um tanto irritada no rosto.

Pode ser que a situação estivesse pregando peças nela, embora ela já estivesse um pouco cansada no início do ano, o fato de seu pai agora estar fazendo algo diretamente com Erika poderia ser o fator que a deixou assim.

Erika tinha certeza que se Danielle contasse com mais detalhes o que estava acontecendo, seu estresse diminuiria, mas ela sabia que não, então sem poder evitar, sentiu um leve aborrecimento com a irmã e ordenou que ela a protegesse de algo que nem ela sabe entender.

Era frustrante saber menos do que todos quando ela estava envolvida na situação.

De repente Danielle suspirou, deixando a cabeça cair um pouco para frente e então começou a prender o cabelo em um rabo de cavalo baixo. Com o rosto mais claro, a menina de olhos azuis conseguiu notar o olhar cansado da mais velha.

— Vou avisar ao Sirius que estamos aqui. — Danielle mordeu brevemente a ponta da língua e saiu do quarto, deixando Erika e Penny sozinhas.

— O que há de errado com ela? — Erika se atreveu a perguntar franzindo a testa. — Ela está agindo de forma muito estranha.

— Você sabe como o estresse a deixa. — Penny comentou de forma agridoce. — O que mais aconteceu além de Umbridge? Ainda deve haver algo de bom com aquela mulher rondando o castelo.

Erika sorriu um pouco e falou sobre o AD, contou sobre a vinda dos primos para Hogwarts e como era bom dividir a escola com eles. Ela contou a ela sobre Alex e sua personalidade barulhenta, sua popularidade ganhou não só por ser um Scamander mas pelo seu nível de sociabilidade, ao contrário da mais nova, Lea, que não falava muito mas quando falava era para dizer o que era preciso em o momento.

O assunto dos primos a lembrou do fato de que os dois estavam ali porque seu tio pediu que ficassem de olho nela, a ponto de terem que contar a ele sobre seu sangramento repentino como se fosse algum tipo de trabalho ou algo assim. Será que Andrew Scamander sabia de alguma coisa e foi por isso que viajou dos Estados Unidos?

Ela ouviu passos nas escadas e vozes familiares à distância, o que significava que os Weasley e Harry haviam retornado do St. Mungos. Ela saiu do quarto com Penny para encontrá-los e cumprimentá-los, os gêmeos apareceram no corredor com uma mala cheia de seus doces inventados, eles perguntaram a Penny se ela poderia ajudá-los com algumas poções que eles queriam vender em sua loja e a loira aceitou alegremente enquanto Erika descia as escadas lentamente, ela não sabia como os Weasleys e Harry iriam olhar para ela depois de terem presenciado a imagem horrível dela coberta de sangue.

Quando chegou ao primeiro andar conseguiu ouvir Molly mandando Ginny para o quarto dela porque uma reunião urgente iria começar na cozinha. Desde o primeiro passo Erika conseguiu observar um pouco atrás de Molly, Tonks estava ao lado de Danielle que manteve o olhar fixo em Moody e Sirius de uma forma muito cruel.

— Erika, querida! — Molly cumprimentou gentilmente ao notar a presença dela. — Preciso que vocês subam, agora teremos uma pequena reunião da ordem.

Com um sorriso cordial, Erika assentiu e esperou que Ginny começasse a subir. Quando a ruiva chegou ao seu lado, ela não pôde deixar de conter um sorriso zombeteiro que não passou despercebido pela Lufa-Lufa.

É claro que Hermione contou a ela o que aconteceu de uma forma um tanto hiperventilante e exagerada assim que chegou na sala comunal. Ginny ficou com uma cara totalmente preocupada assim que descobriu que Hermione não havia retornado de sua patrulha, sua expressão caiu completamente assim que ela contou que havia dormido na enfermaria acompanhando Erika. Sua amiga não conseguia parar de sorrir até começar a realmente questionar a situação.

— Você acha que estou começando a chamar a atenção dela? — Hermione perguntou a ela naquela tarde. — Ela poderia facilmente ter insistido que eu fosse para minha sala comunal.

— Amiga, definitivamente há algo aí. — Ginny disse enquanto balançava a cabeça, dando-lhe razão para tudo o que disse.

E por causa dessa conversa, Ginny agora não pôde deixar de sorrir zombeteiramente com a presença de Frukke.

— Você parece muito bem depois de ter ficado coberto de sangue há alguns dias. — Ginny comentou com ele enquanto subiam as escadas.

— Sim, bem... Poderia ser pior.

— Pare aí! — um sussurro foi ouvido atrás delas.

As duas se viraram assustadas e encontraram George segurando um par de orelhas extensíveis, seu rosto mostrando a intenção bastante óbvia de ouvir novamente pela porta a conversa dos adultos. As duas garotas se entreolharam e o ignoraram, não queriam se meter em encrencas quando a situação era delicada, mas quando se viraram viram que Harry e Ron estavam descendo também.

— E Fred? — Ginny perguntou.

— Distraindo Penny, ela deveria nos distrair para não ouvirmos nada. — George respondeu, pegando a mão de Erika para dar a ela seu próprio par de orelhas extensíveis. — Você precisa de respostas assim como Harry. — ele deixou escapar sério.

A Lufa-Lufa procurou o garoto de óculos que a encarava, ele não parava de pensar no fato de Erika Frukke também ter tido uma visão sobre o departamento de mistérios. Sim, o pai dela era um Comensal da Morte, mas por que mostrar isso para alguém como ela, que durante todos esses anos foi mantida fora da situação de Voldemort?

Erika desistiu e aceitou. Ela se aproximou da porta com os grifinórios para poder escutar enquanto eles passavam por uma espécie de nó sob a porta. Todos, exceto os gêmeos, engasgaram ao ouvir as vozes tão próximas como se estivessem dentro do lugar.

Suas invenções melhoraram a cada vez e ela não pôde deixar de sorrir com isso.

— Assim que soubemos o que aconteceu vasculhamos todo o departamento de mistérios, não havia sinal de cobra passando por lá ou de Nathaniel em geral. O que havia era o corpo sem ferimentos como os dois mencionaram. — a voz de Tonks parecia séria e um pouco séria. — É tudo muito estranho, eles desapareceram em segundos e ao mesmo tempo sem deixar rastros. Será que Nathaniel lida com aquela cobra?

— Nathaniel pode fazer muitas coisas, exceto lidar com uma criatura como aquela cobra. — Moody falou rosnando, lembrando de tê-la visto no momento em que foi atacado por Barty Crouch Jr. — Parece que Você-Sabe-Quem os está usando como vigias, para testar o terreno sobre o que procuram e quando vá atrás disso. Infelizmente Hopkins e Arthur não tiveram sorte em encontrá-los.

— Os dois viram a mesma coisa? — Sirius perguntou desta vez.

— Quase. Foi a mesma coisa, mas em um momento diferente. — Danielle respondeu. — Erika viu nosso pai matar Hopkins e depois viu Arthur ferido no chão enquanto Harry viu Arthur sendo ferido e depois viu o corpo de Hopkins já morto.

— A morte de Hopkins será lembrada. Graças a ele, Nathaniel não teve mais tempo para navegar. — Lupin lamentou um pouco ao mencionar o colega caído. — Mas é estranho... Quer dizer, eu entendo procurar por Harry, mas como Nathaniel chegou a isso se tenho certeza que Ariadna...?

— Supostamente a única pessoa que sabia de tudo isso era Dumbledore, acredite, eu também me pergunto a mesma coisa, Remus. — Danielle foi ouvida se levantando. — Como Harry reagiu ao ver Arthur?

— Coitado do menino... Tenho muita pena dele. — Molly parecia genuinamente triste. — Ele está agindo de forma tão estranha.

— Sempre foi. — respondeu Moody. — Potter sempre foi estranho, não sei quanto a Frukke mas vendo que ela está envolvida nisso provavelmente também está, ainda mais que ele.

— Você não pode compará-los, Alastor. — Molly repreendeu ao notar Danielle franzir a testa. — Harry vem lidando com algo desse nível desde que se lembra e Erika está aprendendo muito em pouco tempo, você não pode culpá-los por agirem de forma um pouco estranha. — ela suspirou tristemente. — Dumbledore parecia muito preocupado com os dois.

—E como não? Um sendo possuído por você-sabe-quem enquanto a outra está lentamente confirmando o que Ariadna avisou e Dumbledore ignorou! — Moody rosnou, um tanto irritado. — Eles não entendem absolutamente nada do que está acontecendo e isso é um ponto a favor deles, mas eles realmente já sabem quem está possuindo Potter e Nathaniel descobriu algo que não deveria e quer manipular Frukke para esse lado...

Chega, ela não aguentava mais. Erika rapidamente se afastou da porta com um nó apertando sua garganta com força, seu peito começou a doer um pouco e ela sentiu uma leve tontura diante do mar de informações que recebia. Sem perceber, ela cambaleou até chegar ao corrimão da escada atrás dela. Ela conseguiu ver como Harry a olhava completamente estupefato, assim como os irmãos Weasley, que olhavam para os dois com aparências assustadas e seus corações batendo forte.

O que estava acontecendo com os dois que eles não queriam contar?

Em total silêncio e oprimida ela subiu para seu quarto, seu coração batia acelerado e ela sentia como se sua mente estivesse começando a ficar confusa, a dor em seu peito se intensificava a cada batimento cardíaco e sua visão ficava desfocada a cada passo que dava. Ela chegou em seu quarto e fechou a porta com uma batida suave para que Penny não suspeitasse de nada. Ela pressionou as costas contra a porta e começou a deslizar aos poucos até cair sentado no chão, a dor aumentou um pouco enquanto a última coisa que ela ouviu se repetia em sua mente.

Você-sabe-quem quem está possuindo Potter e Nathaniel descobriu algo que não deveria e quer manipular Frukke dessa forma.

O que Ariadna alertou e Dumbledore ignorou está sendo confirmado.

O que sua mãe havia avisado?

A dor em seu peito aumentou e por inércia sua mão agarrou a parte do suéter que ficava voltada para seu peito na tentativa de tentar acalmar a dor. Ela estava com raiva, frustrada.

Com Danielle, com a encomenda, com o pai, com ela mesma, com a mãe...

Sua mãe!

Ela não entendia como sua mãe poderia ter se casado com um homem como Nathaniel Frukke. Ela estava chateada, sentia como se toda a sua vida estivesse arruinada pelo simples fato de Ariadna Scamander ter se apaixonado por Nathaniel Frukke.

Sua vida e a de sua irmã estavam arruinadas desde que os dois se conheceram.

Ela se levantou devagar ainda com a mão no peito, tudo que ela queria era adormecer, ela iria pular o jantar fingindo estar cansada da viagem de trem e eles a deixariam em paz.

O que os Weasley pensarão depois de ouvir isso?

Ela esperava que eles não olhassem para ela de forma diferente, ela entenderia se eles começassem a desconfiar dela, Moody fez parecer que ela era facilmente manipulada e a qualquer momento se juntaria às fileiras de Voldemort para trair a todos, mas ela tinha que deixar isso claro para eles que isso não iria acontecer. Mas foi a sua palavra contra as especulações da ordem.

Mais importante ainda, o que Hermione pensaria?

Ela não queria pensar nisso ainda, Hermione era esperta, ela saberia que nunca se permitiria ser manipulada daquele jeito, mas por baixo do medo e da surpresa que se sentiu entre os alunos depois de ouvir tudo isso, ela não quis pensar nisso ainda.

Ela decidiu sair do quarto para ir ao banheiro em silêncio, precisava molhar o rosto para dormir tranquilamente e acalmar a dor no peito. Ela fechou a porta silenciosamente, parou em frente ao espelho e, por um segundo, percebeu como seus olhos ficaram levemente cinzentos. Totalmente assustada, ela se aproximou do espelho para se verificar melhor, abrindo cada olho com os dedos para ter uma visão mais completa, mas para seu alívio, seus olhos mantiveram a cor azulada. Abriu a torneira, molhou o rosto e resolveu ir embora assim, sentindo as gotas de água caindo pelo seu rosto, deixando secar com o ar puro daquela noite de inverno.

Embora suas intenções de ficar sozinha tenham desaparecido quando ela abriu a porta e deu de cara com Harry que a olhou surpreso com a aparição repentina. Eles se entreolharam por alguns segundos, imaginando o que o outro pensava sobre o que ouviram minutos atrás.

— Como vai você? — Erika perguntou fechando a porta do banheiro atrás de si. — Eu não pude te perguntar naquela noite no escritório de Dumbledore.

— Não sei como me sentir em relação a tudo. — Harry murmurou, olhando para baixo. — É frustrante que eles não nos contem nada e tenhamos que descobrir as coisas secretamente.

— Eu entendo você, acho que Sirius não quer te contar muita coisa.

— Não pode, é diferente. — corrigiu aquele de óculos. — Ele diz que sou totalmente capaz de ingressar na ordem mas não sei por que não querem que eu descubra tudo.

— Eu entendo você, é como se... Nós fossemos o centro das atenções e não sabemos por quê. Bem, agora talvez saibamos um pouco mais. — Erika murmurou desviando o olhar um tanto cansada.

— Eu só quero sair daqui e começar a fazer alguma coisa.

— Sim, eu entendo esse sentimento. — a garota de olhos azuis apertou os lábios de forma complicada.

— E você? Você parecia... Um pouco mal naquela noite. — Harry ergueu os olhos. — Dumbledore enlouqueceu ao descobrir que você também reagiu mal ao mesmo tempo que eu.

Erika franziu a testa um pouco, talvez estivesse relacionado ao que Moody havia mencionado sobre Dumbledore ignorar algo que sua mãe havia notado. Então isso tinha a ver com ela?

— Um pouco ruim? — Erika repetiu divertida. — Eu estava coberta de sangue, Harry. — ela riu e depois ficou séria novamente. — Dumbledore realmente ficou assim?

Harry abriu a boca para falar, mas franziu a testa conscientemente e depois balançou a cabeça de um lado para o outro.

— Mais ou menos. A Professora Sprout veio ao escritório dizendo que você havia vomitado sangue e estava inconsciente na enfermaria, Dumbledore fez perguntas a ela e mandou Snape te procurar. Ele parecia um pouco chateado para ser sincero, mas não sei se com a situação ou consigo mesmo.

— Ou talvez ambas as opções.

O de óculos assentiu, ambos permanecendo em um silêncio incômodo, pois não sabiam como chegar ao assunto que os chamava; sua conexão com Voldemort.

Direta ou indiretamente, ambos estavam a um passo ou menos de distância dele, queriam ajudar um ao outro a entender o como e o porquê disso, mas não conseguiam.

Na verdade, eles não queriam falar sobre isso um com o outro e isso estava corroendo suas mentes.

Até breve. ❤️❤️

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